Trapoeraba gigante, Commelina benghalensis. Note as folhas grandes e arredondadas. |
A trapoeraba gigante (Commelina benghalensis) nasce desde sempre aqui na minha rua. Nunca dei atenção pelo aspecto vulgar de mato e o crescimento invasivo e intenso. Aliás, é fácil encontrá-la por aqui, porque ela se reproduz muito rápido e em uma velocidade espantosa. É uma PANC vulgar, mas acessível e produtiva, além de saborosa.
Seu aspecto é similar ao das demais trapoerabas, uma é planta rasteira, de folhas esverdeadas, alternadas e flores na ponta dos ramos. Como diferencial, possui grandes folhas e pilosidade no caule. Aliás, apresenta as maiores folhas dentre as trapoerabas comestíveis. Suas folhas também são arredondadas, mas existem variedades com folhas mais pontiagudas. É muito consumida na Ásia, especialmente na Índia, onde é cozida com grãos na composição de ensopados aromáticos. Chamada, por lá, de amala ou kenna. No Nepal, onde também é considerada verdura, chama-se kanesag .
As flores se parecem com a da Commelina erecta. |
À esquerda, trapoeraba azul. À direita, com folhas maiores e arredondadas, trapoeraba gigante. |
Sementes germinando a partir das raízes. |
Se quiser, fica linda como planta em vaso suspenso, estilo samambaia. Pode ser podada mensalmente para que não fique muito comprida. Deve ser mantida em ambiente sem fluxo de ar intenso e semi-sombreado, como próximo a uma janela.
Nutricionalmente, é rica em potássio, e tem teores médios de proteínas, cálcio e cloro, além de ser rica em luteína e beta-caroteno. Também é rica em fibras. Seu sabor é suave e lembra o espinafre, podendo ser usada da mesma maneira que qualquer hortaliça folhosa. Deve ser consumida preferencialmente cozida, e seu caule é um pouco fibroso - eu só uso as folhas. Fica gostosa acompanhando omeletes ou incrementando pratos do dia-a-dia. É uma boa substituta da ora-pro-nobis, porque ela, se cozida excessivamente, solta mucilagem.
Pode ser encontrada em qualquer lugar que não seja de mata nativa. Nas minhas andanças pela cidade, já vi em praticamente todos os bairro que visitei. Acredito que você não terá dificuldades em encontrá-la. Repare nas calçadas e praças, assim como canteiros na rua. Leve uma mudinha para casa e comece a produção! Lembrando que não recomendamos o consumo constante de plantas coletadas diretamente na rua pelo seu possível teor de poluentes.
Pode ser encontrada em qualquer lugar que não seja de mata nativa. Nas minhas andanças pela cidade, já vi em praticamente todos os bairro que visitei. Acredito que você não terá dificuldades em encontrá-la. Repare nas calçadas e praças, assim como canteiros na rua. Leve uma mudinha para casa e comece a produção! Lembrando que não recomendamos o consumo constante de plantas coletadas diretamente na rua pelo seu possível teor de poluentes.