![]() |
Trapoeraba-branca (Tradescantia fluminensis) |
Por fim, a última trapoeraba comum que ainda não falamos é a minha preferida: a trapoeraba-branca (Tradescantia fluminensis). Essa plantinha é típica de áreas altamente sombreadas, basicamente crescendo no chão de matas úmidas e densas. Como todas as trapoerabas, gosta de umidade, não tolera sol pleno e cresce muito rápido. Para saber mais sobre seu mecanismo de dispersão, clique aqui.
Como característica marcante, ela possui pouco ou nenhum pelo, sendo brilhantes e com folhas pequenas. Aliás, das trapoerabas, talvez seja a que possui as folhas mais lustrosas. O intervalo entre as folhas é curto, e elas são quase sobrepostas. Sua flor possui três pétalas na cor branca. Há uma espécie similar, a Tradescantia umbraculífera, da qual não sei afirmar se é comestível, que produz grupos de muitas flores, enquanto a trapoeraba-branca possui de uma a três flores e nasce em locais menos sombreados.
Folhas com poucos pelos e bem brilhantes. |
![]() |
Forma tapetes na mata úmida. Folhas quase sobrepostas, com pouco intervalo entre os nós. |
Além da textura lisa e sem pelinhos incômodos, ela também possui um talo macio o suficiente para ser consumido junto com as folhas. Como nunca tenho quantidade suficiente para consumí-la pura, costumo colocá-la para complementar receitas como refogados, omelete, cozidos, purês, risotos e bolinhos. Algumas vezes ela pode ser ligeiramente amarga, portanto sempre consuma branqueada. Como as demais trapoerabas, se picada excessivamente solta mucilagem como a ora-pro-nobis - eu prefiro as folhas inteiras. O sabor é suave, delicado e quase neutro, lembrando de longe o espinafre.
Em vaso no sol ela fica um tanto espichada. |
Como as demais plantas da família, se reproduz com extrema facilidade, por ramas, hastes e pedaços de raiz. Se não quiser excesso de trapoerabas na sua casa, plante em vaso e não no chão, porque ela é invasiva e vai dominar seu quintal, jardim ou horta. Um vaso com solo fértil em local sombreado é suficiente, pode ser dentro de casa, próximo a uma janela. Ela cresce a olhos vistos.
Tenho tantas mas, tantas e há tanto tempo, não sabia que se podiam comer. Nada lhe pega, nem os caracóis...
ResponderExcluirAchava que era venenosa, vou experimentar
beijinho, eugénia
Muito interessante o seu blog! Você saberia dizer se a Tradescantia zebrina, também chamada de lambari ou trapoeraba roxa é comestível ou pode ser usada como chá medicinal? Obrigada!
ResponderExcluirMuito obrigado. Notícia genial. Parabéns.
ResponderExcluirTenho uma trapoera com folhas verdes e flores brancas como essa da foto, porém o verso é roxo. Qual a espécie?
ResponderExcluirServe para uso medicinal
ResponderExcluirAs galinhas adoram
ResponderExcluir